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Dia da Consciência Negra

Em pleno século 21, o Brasil ainda precisa do dia da Consciência Negra para não esquecer o legado dos povos negros que foram escravizados pela “civilização” branca. Combater o racismo nos espaços da sociedade brasileira também é papel dos sindicalistas e a FENTECT faz parte dessa luta.

Em 2021, a pandemia do COVID-19 escancarou a desigualdade racial no Brasil reforçada pela falta de políticas públicas e, com isso, dados do IBGE apontam que o grupo das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza é representado por 70% de negros. Infelizmente, o ano de 2021 ficará marcado não apenas pela pandemia, mas por seus marcos excludentes para a população negra, a exemplo do ENEM, pois com o fechamento das escolas, as aulas remotas foram a realidade apenas de quem não tinha dificuldades de acesso à internet. Além disso, com o fechamento de milhares de empresas, frequentar a escola cedeu lugar para a necessidade de trabalhar dos filhos dos desempregados.

Os dados ficam ainda mais chocantes quando se considera a vulnerabilidade evidenciada na educação, saúde, moradia, pois as diferenças sociais entre brancos e negros escancaram o fosso do desequilíbrio na sociedade brasileira.

A lei 12.519/2011 instituiu oficialmente o 20/11 como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Na resistência da população negra, Zumbi não é o único protagonista, mas Dandara e milhares de outras pessoas também foram essenciais para a promoção e valorização do papel e cultura do povo africano na sociedade brasileira.

Nosso papel hoje é combater a falta de representatividade entre os parlamentares, juízes, médicos, personalidades artísticas, líderes empresariais e religiosos que se tornou um grande obstáculo para a apropriação dos direitos e garantias individuais. Devemos lutar para uma sociedade mais justa e igualitária.

Lucila Pereira Correia

Secretária da Questão Racial

Diretoria da FENTECT


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