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CARTEIROS LUTAM PELO DIREIRO À ENTREGA DE CARTAS

Os carteiros em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá (MT) sofrem com a política de descaso e sucateamento da direção dos Correios. Impedidos de sair para entregar cartas e, com acúmulo de correspondências não entregues, eles entraram em greve em protesto à gestão criminosa contra os empregados e contra a população. Concursados, os carteiros usam as bicicletas para realizar as entregas. No entanto, as mesmas foram recolhidas e eles direcionados para serviços internos. Com isso, cartas, correspondência e encomendas acumulam e a prestação de serviço fica precarizada, gerando acúmulo de serviço aos carteiros que usam moto.

A interrupção do serviço com bicicleta faz parte do  chamado projeto de padronização do processo produtivo,  que traz sob o discurso de "revitalização" cortes orçamentários e o sucateamento da estatal. A FENTECT repudia mais essa ação e apoia o movimento grevista em busca de direitos e da regularização dos serviços de entrega à população de Várzea Grande. Vítimas do autoritarismo, os trabalhadores tentaram o diálogo com o gestor em diversos momentos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT) a ausência dos carteiros na rua trará mais transtornos para os usuários dos serviços postais que já enfrentava problemas por falta de trabalhadores.  
 
O Judiciário local marcou uma mesa de negociação nesta terça-feira (29/3), às 10h30. Apoiados na luta também pela população , o Ministério Público do Trabalho (MPT) intimou os Correios a explicarem crimes denunciados pelo Sintect/MT como o acúmulo de correspondência e em alguns casos o extravio de correspondências simples; fraudes de dados no sistema; adulteração de documentos, além da sobrecarga do trabalho de carteiros que utilizam motos nas entregas.  
 
“A mesa de mediação servirá para os trabalhadores falarem sobre os crimes que foram e estão sendo comedidos por dois grupos operacionais dentro do CDD Várzea Grande”, afirmou o diretor jurídico, Alexandre Aragão. Segundo ele, "estes grupos atuam dentro da agência visando implantar um sistema que eles estão denominando de Sistema de Revitalização, mas que de fato é um sistema de escravidão”.  

“Os chefes que alegando enxugamento e reestruturação da máquina, buscando economia, reduzem o serviço de entrega na porta do cliente e colocam em risco a própria vida do carteiro”, disse o sindicalista Lucinao Gomes. “O que impressiona é que a gestão da unidade em nenhum momento tenha explicado para a população que reduziu o numero de carteiros na rua”. O Sindicato tem registrado vários relatos de agressões verbal e física aos trabalhadores.

A FENTECT está na luta em defesa dos trabalhadores desde que Bolsonaro assumiu e não nos dobraremos a atos ditatoriais e ao sucateamento que promovem da nossa empresa. Continuaremos apoiando os trabalhadores de Várzea Grande e a luta pela retomada do direito de entrega de correspondência, fortalecendo cada vez mais nossa mobilização contra os ataques do desgoverno Bolsonaro e a tentativa de privatização dos Correios.


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