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Protesto contra o BNY Mellon reúne mais de 600 pessoas

Com a participação de mais de 600 aposentados e trabalhadores dos Correios, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) puxou um protesto na quinta-feira, 23, para cobrar do banco norte-americano BNY Mellon a devolução das perdas causadas no Postalis. A instituição financeira é acusada de causar um rombo no caixa da previdência complementar quando geria o fundo dos ecetistas.

A manifestação foi realizada na frente do escritório no Brasil, que fica no Rio de Janeiro. Outras mobilizações devem ser organizadas até que autoridades americanas e brasileiras possam obrigar a ex-gestora a devolver o dinheiro do trabalhador.

“O ato em frente ao Banco BNY Mellon é mais uma ação que visa buscar a responsabilização do banco frente ao rombo de R$ 10 bilhões. Eles tinham o dever fiduciário e falharam  vergonhosamente. Hoje, quem paga são os participantes e os Correios, empresa que é do povo brasileiro, por isso esta luta será intensificada para que o banco assuma sua responsabilidade”, falou o secretário das relações internacionais da Fentect, Rogério Ubine.

Para a Fentect, é necessário punir os responsáveis pelos  prejuízos que resultaram em cortes nas aposentadorias daqueles que dedicaram anos de suas vidas para os Correios. Essas vítimas da má gestão contribuíram para um plano de previdência complementar pensando em garantir a sobrevivência na terceira idade, mas acabaram com o sentimento de terem sido traídos e sem recursos suficientes.

“A nossa unidade pode trazer a recuperação de todos os recursos perdidos pelo banco Mellon. A mensagem para as entidades e para todos é que a gente tem uma comissão de atuação, assim, como nós atuamos na luta contra a privatização, vamos atuar na luta pelo fundo de pensão, pela garantia das nossas aposentadorias e, principalmente, cobrar do parlamento brasileiro o apoio para que os americanos paguem o rombo causado pela instituição estrangeira. Buscamos uma agenda com o governo americano, por meio das entidades internacionais que têm nos apoiado, e, até fevereiro, esperamos debater com a Comissão de Contas de Finanças da Câmara dos Deputados. Até a vitória”, disse o vice-presidente da UniAmericas e diretor financeiro da Fentect, José Rivaldo da Silva.

A Fentect e os representantes dos sindicatos da base já realizaram um protesto na cidade em que fica a sede do BNY Mellon, em Nova Iork, chegando a realizar transmissão ao vivo de toda a mobilização.

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